Cidade do México: No dia 18 de outubro acontece a já tradicional abertura da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, no Auditório Ibirapuera. O filme escolhido para a 31ª edição é O PASSADO, novo filme do diretor Hector Babenco, estrelado por Gael García Bernal. A produção Brasil-Argentina é inspirada no livro do argentino Alan Pauls, que aborda o tema da relação amorosa pela perspectiva da separação e da memória.
Babenco e Bernal estarão presentes nos primeiros dias da Mostra. Babenco, além de ter seu filme exibido na abertura, também assina o cartaz deste ano. Bernal está presente em quatro filmes da Mostra, como diretor de DÉFICIT, produtor de COCHOCI e protagonista principal em O PASSADO e SONHANDO ACORDADO, de Michel Gondry.
Babenco disse que há algum tempo renunciou à interpretação "da crueldade do cotidiano da América Latina" nos seus filmes, optando por ser mais poético.
"Eu já estou cansado de querer descobrir um pouco em meu cinema a verdadeira identidade das pessoas que realmente padecem com a injustiça social, agora estou muito mais interessado (...) em ser um pouco mais poético, um pouco mais leve, mais próximo do meu sentir do que do meu pensar", apontou o diretor em uma entrevista coletiva.
Ao apresentar no México seu mais recente filme O PASSADO, Babenco acrescentou que apesar de ser "impossível abstrair a crueldade do cotidiano da América Latina", prefere "ser menos pretensioso" em seus filmes.
"Estou um pouco mais preocupado em me tornar um ser menos pretensioso", enfatizou o diretor de O BEIJO DA MULHER ARANHA e CARANDIRU.
Babenco, de 61 anos, lembrou que sua geração "ia buscar a resposta nos livros", e agora, com o poder da televisão, afirmou não saber se há perguntas. "Vivemos a velocidade sem sentido, não interessa à maioria fazer perguntas básicas da existência: Quem sou? De onde venho? Deus existe?".
O PASSADO, que estreou nesta terça-feira na Cinemateca Nacional da Cidade do México, narra a separação de um jovem casal e as dificuldades que os dois enfrentam quando tentam refazer suas vidas.
Por Leon Cakoff e Agência AFP
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