2.11.07

Aviso aos pais: Essa publicação é imprópria à crianças menores de 17 anos (Classificação NC-17)

São Paulo (Dia 13/14): Conforme a MPAA (Motion Picture Association of America), esse texto foi classificado como NC-17 pelo alto teor de obcenidades e palvras de baixo calão. Essa publicação contém material orientado sexualmente para adultos, destinado a indivíduos maiores de 17 anos. Se você não atingiu ainda 17 anos, se este tipo de material ofende você, ou se você está acessando a internet de algum país ou local onde este tipo de material é proibido por lei, não prossiga!

Feito o aviso, falemos de sexo explícito, orgasmos, feleções, masturbações, obscenidades e, claro, putas! Muitas putas. Putas de montão. Mas antes, falemos de censura branca:

A MPAA (“Associação de Filmes da América”), uma organização lobista dos Estados Unidos para a indústria de cinema, mantém desde 1968 um sistema de avaliação. Esse sistema, com sua classificação por idade recorrendo a letras G, PG, PG-13, R e NC-17 (antes X), tornou-se um ícone cultural. Mas por trás dessa fachada simples há um processo de censura mantido em segredo. Os membros credenciados são anônimos. As deliberações são privadas. Os padrões parecem arbitrários. ESTE FILME AINDA NÃO TÊM CENSURA questiona se os filmes hollywoodianos e as produções independentes são avaliados de forma igualitária considerando conteúdos semelhantes. Também pergunta se o teor sexual dos filmes gays tem classificação mais rigorosa do que o das obras heterossexuais. Faz sentido um filme de violência extrema receber uma classificação tipo R (mais baixa), enquanto filmes com temática sexual são mais censurados? Se os estúdios de Hollywood recebem indicações detalhadas de como atenuar a censura de um filme NC-17 para R, por que os produtores de cinema independente precisam adivinhá-las? E por fim, manter secretas as avaliações e seus critérios não fariam da MPAA uma associação inconseqüente em suas decisões? Para cinéfilos, é um tema muito interessante. Certamente haverá mais posts sobre isso na pauta de Spoiler

Falta falar de putas...Falemos então de GO GO TALES. Na linha das comédias sofisticadas de Frank Capra, Billy Wilder e Preston Sturges, o filme é a primeira comédia do polêmico cineasta Abel Ferrara, cuja filmografia flerta com a violência e a religiosidade. A proposta é ilustrar a relação conflitante entre a arte e o capitalismo. Questionar quanto o artista precisa se vender para conseguir atingir o seu nirvana criativo e sobreviver dentro das amarras empresariais. Engraçadinho...

LUST CAUTION veio precedido de fama escandalosa que todo ano cerca alguns concorrentes ao Leão de Ouro (festival sem escândalo não é digno do seu nome, dizem). Dizia-se que as cenas de sexo eram longas e tórridas. E são mesmo, no limite do hardcore. Mas não se vê, em momento algum, uma única cena gratuita. Se lá estão, é porque têm razão dramática para existir.

Ang Lee quis falar do desejo, impelindo as pessoas para direções bem diferentes das apontadas por seus projetos racionais e retrabalhou o tema com estatuto trágico. Uma bela evolução, ou variação, provando que Ang Lee é cineasta de múltiplos registros - o que não é necessariamente ponto a favor.

Vale uma ressalva. A versão de Veneza e da Mostra SP está sendo editada para conseguir uma classificação R nos EUA. Com isso, LUST, CAUTION perde muito em função do puritanismo americano. Consequentemente, nada de prêmios...

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Marfil, recentemente não tenho achado muitos filmes que me agradam como musicais. Assisti tropa de Elite e fiquei passando mal 3 dias. O que vc me sugere?

Marfil disse...

Sua cara Adriana: HAIRSPRAY, LIGEIRAMENTE GRÁVIDOS e sem dúvida alguma SEM RESERVAS! Abs e saudades...

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SoSuechtig,Burajiru