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OK, muita gente não gosta de Moore. Acham seus filmes parcias. Que ele destorce a realidade a seu favor, mas...é inegável, ele têm talento para argumentação e sarcasmo. SOS SAÚDE aborda a problemática do seguro saúde nos EUA. Lá, ao contrário do mundo, a saúde é privatizada e ir ao médico custa uma fortuna. Moore aborda vários casos de pessoas que foram a falência depois de ficarem doentes e confronta a realidade americana com outros países como Canadá, Inglaterra, França e até mesmo Cuba.
E simplesmente não há argumento contras os fatos de Moore. Mas, por outro lado, depois de AS INVASÕES BÁRBARAS, de Dennys Arcand e agora SOS SAÚDE, fico pensando se o estado da saúde pública no Brasil seja tão terrível assim. Não sei...Talvez o problema seja o complexo de "vira-lata" brasileiro, enquanto "os outros" têm orgulho em viver seu "sonho americano".
CADA UM COM SEU CINEMA, filme que marca o aniversário de 60 anos do Festival de Cannes é um pequeno fiasco. É um conjunto de curtas com o tema "viver o cinema" realizado por vários diretores de vários países. E aqui, temos o mesmo defeito de filmes desse tipo. Muito heterogêneo. Muito irregular. Mas no caso desse filme, os curtas "ruins" superam e muito a quantidade de "curtas bons". uma pena.
E a boa safra de biografias de rock, forneceu esse ano, além de CONTROL; I´M NOT THERE, filme de Todd Haynes que deve conceder o segundo Oscar de Coadjuvante à Cate Blanchett. E a não ser que ela decida lançar um NORBIT 2, o Oscar é dela. Todos já sabem disso: Crítica, Imprensa e Público. Até o diretor, sabia disso ao montar o filme em cima dela. Dos 7 atores que vivem Boby Dylan, Marcus Carl Franklin, Ben Whishaw, Christian Bale, Heath Ledger, Cate Blanchett e Richard Gere, ela é a última a entrar em cena. Soberana, camaleônica, soberba. É Bob. O filme ainda tem outros trunfos que podem surpreender na temporada de Prêmios: A fotografia acompanha cada ator com uma característica particular e, na montagem fragmentada em tom de documentário transforma o filme num verdadeiro banquete visual, além é claro da ótima performance de todo o elenco, e portanto do diretor. Aguardem um estouro de bilheteria.
Por fim, DO OUTRO LADO acompanha a trajetória do cinema alemão com mais um belo filme que quase levou a Palma de Ouro em Cannes. Um filme humanista. Grande Roteiro. Briga boa no Oscar de Filme Estrangeiro
Um comentário:
Eu não só gosto dos filmes do Michael Moore, como também tenho uma certa simpatia por sua causa - seja ela qual for, hehehe. Sua argumentação sempre é das melhores, basta ver o que ele fez em "Fahrenheit 9/11". E muito pertinente o comentário sobre a Cate Blanchett - também é minha favorita entre as coadjuvantes nesse momento. "Do Outro Lado" é outro filme que me interessa bastante.
Belo post! Está ótimo acompanhar a Mostra de SP por aqui. Abraço!
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