31.10.07

Ser.Amar.Viver.

São Paulo (Dia 11): O dia foi um passaporte à fortes reflexões existenciais. Foram 4 filmes, cada um abordando um aspecto diferente da vida, mas todos em torno de uma questão em comum: Ser...Amar...Viver...Intensamente, e sempre.

ACROSS THE UNIVERSE adapta canções dos Beatles para uma história de amor entre dois jovens que vivem nos turbulentos anos 60. O ritmo da história é envolvente e Julie Taymor, que já se destacara na dimensão visual de FRIDA, utiliza o mesmo artifício, criando vinhetas que, por vezes, são muito mais inventivas que todo o resto do filme. É uma história jovial, alegre. Um filme moderno. Um conto de amor para os tempos de hoje que agradou muito o público presente, a maioria estudantes.

"Só viveu aquele que realmente amou uma mulher". A frase é o grande tema de FANTASMAS, filme de Jean Paul Civeyrac, homenageado na Mostra com uma retrospectiva. Aqui, coisas misteriosas ocorrem...Pessoas desaparecem sem explicação, exceto àquelas que fazem amor. A história gira em torno de Antoine, um rapaz entediado que larga tudo em busca de um sentido na vida. E o sentido é o sexo. O prazer em tatear o corpo de uma bela mulher. De lhe dar prazer. Como todo filme francês, é uma história centrada em dialogos e no ser humano, sem pudor ou delongas.

O australiano UM VERÃO PARA TODA VIDA é um filme de descobertas. O primeiro romance. O primeiro beijo. A primeira "experiência". Gira em torno de uma paisagem paradisíaca, durante um verão, contando as experiências de 4 orfãos que vão descobrindo pequenos valores como amizade, família e amor. Uma histórinha bem simpática, meio clichê, mas com claro objetivo de comover os "corações mais exaltados".

Por fim, Sean Penn entrega INTO THE WILD, um filme soberbo com uma surpreendente performance do jovem Emile Hirsch, como um abastado rapaz que doa todas as suas economias e pertences, abandonando sua faculdade, para viajar pelas estrada, inspirado pelo trabalho de Jack London e Tolstoy, ambos engajados com a introspecção da natureza e do homem em si.

O filme não é sobre possuir, mas viver e embora Chris se afaste da sua vida original, ele vive verdadeiramente, mas do que qualquer um em torno dele. Há um forte elenco de apoio nesse elenco, como William Hurt e Marcia Gay Harden, como seus pais e Jena Malone como a sua irmã que por ama-lo, deixa-o partir...Uma direção impecavelmente justa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Grande expectativa para "Into the Wild". Depois de tantos elogios da crítica (e você afirmando que é 'soberbo'), já começo a acreditar que possa ser o melhor filme do ano e com grandes chances no Oscar - o que é ótimo, já que desde o primeiro trailer notei que era um trabalho diferenciado. Quanto a "Across the Universe", espero que ao menos não decepcione no aspecto visual...

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