28.1.08
O Mito: Edith Head
A influência que o cinema exerceu sobre a moda ao longo de todo o século 20 tem em Edith Head um de seus mais importantes personagens.
Ela nasceu em Los Angeles, Estados Unidos, e frequentou a Universidade de Stanford e da Califórnia, assim como o Otis Institute e a Chouinard Art School. Formada em Francês e Espanhol, Edith Head decidiu, em 1923, tornar-se estilista, respondendo a um anúncio de jornal com desenhos emprestados. Quando a fraude foi descoberta, ela já estava trabalhando com Howard Greer, contratada pela Paramount Pictures, um dos grandes estúdios cinematográficos de Hollywood, na época.
Em 1927, passou a ser assistente de Travis Banton, e onze anos mais tarde ganhou o posto de estilista chefe do estúdio, cargo que manteve até 1967, data em que se transferiu para a Universal Filmes.
Enquanto esteve na Paramount, Edith Head também criou figurinos para outros estúdios, entre os quais a Metro-Goldwin-Mayer, a Columbia, a 20th Century Fox e a Warner Bros. Assinou as roupas de mais de mil filmes, e recebeu oito prêmios Oscar por suas criações, um deles sempre contestado por Audrey Hepburn - o que a figurinista recebeu por SABRINA, no qual o guarda-roupa da própria atriz foi criado por Givenchy, seu grande amigo.
Brilhante e criativa, Edith Head desenhou roupas para estrelas como Marlene Dietrich, Mae West, Elizabeth Taylor e Grace Kelly. Algumas dessas roupas ficaram mundialmente famosas e foram copiadas à exaustão, como foi o caso do sarongue, criado em 1936 para Dorothy Lamour usar no filme A PRINCESA DA SELVA, e também um vestido de festa, tomara-que-caia, com o corpete justo e saia de tule branco sobre cetim verde, recoberta de violetas brancas, que Elizabeth Taylor usou em UM LUGAR AO SOL, de 1951, que estrelou ao lado do ator Montgomery Clift. Até hoje, admiradas em tantos filmes antigos, as roupas criadas por Edith Head continuam a esbanjar elegância.
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3 comentários:
Edith Head também vestiu Audrey Hepburn, isso antes de ela encontrar em Hubert de Givenchy seu parceiro para a vida nessa área da moda.
O que eu acho mais interessante em Edith Head é que seu retrato é tão emblemático quanto as roupas que ela criou.
Oito Oscars? Não tinha idéia que eram tantos. Mas pelo que sei suas criações são memoráveis, mesmo tendo visto poucos de seus trabalhos - lembro agora do maravilhoso vestido de Grace Kelly em "Janela Indiscreta", memorável.
Abraço!
Apesar de termos Canonero ainda conosco, dificilmente haverá figurinista tão influente quanto Head, até mesmo fora dos limites do mundo cinematográfico.
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