24.12.07
Então é Natal...
É época de rever os filmes de Natal. Papai Noel apareceu nas telonas já no cinema mudo e de lá para cá rendeu muitos personagens interessantes e até extravagâncias como SANTA CLAUSS - O FILME, de 1985. Mas a história mais típica desta época do ano é mesmo UM CONTO DE NATAL, de Charles Dickens. Todos conhecem a estória: na véspera de Natal, o sovina Scrooge recebe a visita dos fantasmas do passado, presente e futuro, que o fazem humanizar-se. Houve inúmeras versões e até um musical com Albert Finney, ADORÁVEL AVARENTO, em 1980.
O Natal é um tempo de muitas canções e o cinema contribui com isso: teve Shirley Temple cantando em vários filmes natalinos, Judy Garland desejando um natal muito feliz em AGORA SEREMOS FELIZES, e Bing Crosby cantando "White Christmas" no filme homônimo.
É época de milagres e um dos mais queridos é UM ANJO CAÍDO DO CÉU, de 1947, no qual Cary Grant é o Anjo que vem ajudar o casal David Niven e Loretta Young. A mesma idéia não deu certo quando Whitney Houston a refez como UM ANJO EM MINHA VIDA, em 1996. Há também certo encanto nas imagens natalinas da fábula de EDWARD MÃOS DE TESOURA de Tim Burton. Os mais ranzinzas vão adorar O GRINCH, de 2000. Inspirado nos livros infantis de Dr. Seuss, é sobre uma criatura mal-humorada que detesta o Natal e resolve acabar com a festa roubando todos os presentes, como um Papai Noel às avessas. Mas talvez o filme natalino mais famoso seja ESQUECERAM DE MIM e suas duas continuações , principalmente quando MacCaulay Culkin primeiro fica sozinho em casa enfrentando bandidos e depois vai passar o Natal em Nova York. É sempre uma boa lembrança que Natal também é momento de rir e ser feliz.
Então é Natal...
A FELICIDADE NÃO SE COMPRA: Um dos maiores diretores norte-americanos a construir o ideal de cinema industrial de Hollywood, Frank Capra esculpe com a ajuda de James Stewart uma das grandes obras-primas da sétima arte. Na história, um homem prestes a se matar recebe a visita de um anjo que lhe mostra o que seria das pessoas ao seu redor se ele não tivesse existido. O filme não envelhece e segue presente em listas de melhores filmes do mundo pelo seu domínio de tempo, espaço e câmera.
O ESTRANHO MUNDO DE JACK: Americano não tem carnaval, então aproveita o Halloween para se fantasiar. E a noite das Bruxas virou uma festa mais de crianças do que propriamente terror. Isso foi mais bem capturado por Tim Burton num filme de animação que mistura Haloween e Natal. É um clássico por unir os dois maiores momentos do universo infantil.
O MILAGRE DA RUA 34: Já houve filmes sobre Papai Noel, mas nenhum tão querido quanto DE ILUSÃO TAMBÉM SE VIVE de 1947. É a estória de uma menina que não acredita em Papai Noel porque a mãe realiza a festa natalina da loja Macy's. Até que aparece o verdadeiro. Em 1994, teve uma refilmagem, O MILAGRE DA RUA 34, mas já sem o mesmo encanto.
GREMILINS: Um dia um rapaz ganha um novo bicho de estimação e com ele três conselhos que não deve esquecer: 1) Não pode se molhar; 2) Tem que ficar longe da luz forte; 3) Nunca deve comer depois da meia-noite. Mas desobedece às regras e ele se torna um dos terríveis Gremilins, que atacam sua cidadezinha em plena época de Natal.
NOITE DO TERROR: Oriundo da primeira onda de Slasher movies da década de 1970, Bob Clark, que trabalhou os adolescentes em outro prisma no filme PORKY´S (1982), aterroriza um grupo de garotas numa pensão na véspera de Natal. Uma a uma elas aparecem mortas, vítimas de um maníaco.
OS FANTASMAS CONTRA-ATACAM: Uma bem-humorada versão do Conto de Natal de Charles Dickens. A trama coloca Bill Murray, pós-Saturday Night Live, como um arrogante dono de empresa de entregas que recebe a visita de fantasmas na véspera de Natal para que aprenda a dar valor ao próximo.
DURO DE MATAR: A série de ação colocava o herói John McClane enfrentando um grupo de bandidos, sozinho (nos dois primeiros filmes em plena época natalina, com neve, multidão e presentes). Em geral são terroristas, que controlam todo o prédio de escritórios (DURO DE MATAR, 1988), aeroporto (DURO DE MATAR 2, 1990) ou Nova York (DURO DE MATAR 3, 1995).
NATAL BRANCO: Ninguém refletiu melhor o clima musical do Natal do que o compositor Irving Berlin com sua canção clássica e até hoje campeã de gravações e vendas, "Natal Branco", que primeiro apareceu em DUAS SEMANAS DE PRAZER, em 1942, cantada por Bing Crosby. A canção levou o Oscar e virou o filme homônimo de 1954.
UM HEROI DE BRINQUEDO: Arnold Schwarzenegger, atual governador da Califórnia, profetizou sua própria falta de tempo para afazeres domésticos neste filme. Depois de uma falha gigantesca com seu filho (ele faltou na formatura de caratê do menino), um pai decide reparar o erro indo atrás do objeto de desejo do garoto, o famigerado brinquedo "Turbo Man". Tudo correria bem se o brinquedo não estivesse esgotado na véspera de Natal, fazendo com que o pai fizesse uma verdadeira peregrinação para encontrá-lo. Para piorar, no meio do percurso arranja um oponente à altura: o comediante Sinbad na pele de outro pai desnaturado em busca do lendário "Turbo Man".
FÉRIAS FRUSTADAS DE NATAL: A família Griswold sempre foi retratada de maneira exagerada e sem limites no cinema, mas nesta comédia está especialmente divertida. Esse longa mostra como a problemática família funciona, mas mais uma vez é Chevy Chase, no auge de sua carreira, quem surge como a alma de toda a série.
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2 comentários:
Não conhecia a maior parte dos filmes, e mesmo aquele dos quais já ouvi falar ainda não conferi - como é o caso de "A Felicidade Não Se Compra" e "O Estranho Mundo de Jack" (sempr tive vontade de ver, mas ainda não encontrei em DVD). Até os mais fracos (como "Um Herói de Brinquedo" e "Férias Frustradas de Natal") têm seu charme.
Então, feliz Natal!
O meu filme favorito de Natal, sem dúvida, é A FELICIDADE NÃO SE COMPRA. Adoro e me emociono até hoje.
Feliz Natal, mesmo atrasado, e meus desejos de um 2008 de muita prosperidade e, principalmente, saúde e muitos filmes.
Beijos.
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