Lá pelos idos de 1936, o romance "Gone With the Wind" chegou às mãos de Louis B. Mayer, o dono da MGM. Ele leu, interessou-se pela história e pediu conselho para Irving Thalberg, então um dos mais importantes produtores de Hollywood. Um indivíduo que tinha o dom superlativo de sentir o cheiro do dinheiro. Thalberg imediatamente respondeu: "Esqueça, Louis... nenhum filme sobre a Guerra Civil jamais fez um centavo".
David O. Selznick, que já havia trabalhado para a MGM, também estava em dúvida: um ano antes, a Paramount lançou NOIVADO NA GUERRA, de King Vidor, um retumbante fracasso; além disso, a autora de ...E O VENTO LEVOU, Margareth Mitchell, queria 50 mil dólares pelos direitos do livro, preço que não agradou Selznick. John Hay Whitney, o braço direito de Selznick, disse que se o amigo não comprasse o romance, ele mesmo o faria.
...E O VENTO LEVOU tornou-se um dos maiores sucessos de Hollywood. Foi um projeto pessoal de Selznick, que acompanhou as filmagens e a montagem final. Chegou a demitir George Cukor e depois Sam Wood, que começaram a dirigir as primeiras cenas.
Recebeu 13 indicações para o Oscar e levou oito: filme, direção, roteiro, atriz (Leigh), atriz coadjuvante (McDaniel, a primeira atriz negra a ganhar um Oscar), direção de arte, fotografia e montagem.
Ironicamente, em 1939 Selznick ganhou o prêmio Irving Thalberg Memorial. Thalberg morreu em 14 de setembro de 1936, não muito depois de ter aconselhado Mayer a esquecer ...E O VENTO LEVOU
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2 comentários:
Toda a história envolvendo esse clássico é muito interessante, incrível como conseguiu ser lançado depois de tantos problemas. Eu, porém, não sou um dos maiores fãs da obra, apesar de reconhecer sua importância.
Como as coisas no cinema são... Imprevisíveis. Qual terá sido a reação de Thalberg após constatar o sucesso do projeto que não renderia nem um centavo?
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