Mas depois o achei muito feliz naquelas palavras. Ele dizia que tinha parado a vida de ator fazendo Molière, com casa cheia.
Aquela felicidade de ator que é amado, entendido pelo povo, com uma história no teatro. "Eu terminei, Fernanda, na glória." Assisti a quase tudo que o Paulo fez. Nunca trabalhamos juntos no palco. Porque a gente tem sonhos de lidar com alguns colegas, mas uma vida é pouco. Sabe-se que um dia a gente "vai", mas é só na hora que nos damos conta do forte sentimento de baixa numa geração como a nossa; um exército que vai perdendo sua infantaria. Como o Paulo, o Raul Cortez, o Gianfrancesco Guarnieri, todos companheiros muito queridos.
Fernanda Montenegro
Um comentário:
Esqueci de comentar esse post quando o vi, mas as palavras da Fernanda são sábias. Sem dúvida essa geração de atores nacionais não será superada tão cedo...
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