Nem todo mundo sabe, mas o cineasta britânico Mike Leigh, nascido em 1943, na cidade de Manchester, começou como ator, antes de se dedicar ao ofício da direção de filmes, cuja estréia aconteceu em 1971, com BLEAK MOMENTS.
Certamente a experiência que teve no campo da interpretação, somada à sua natural sensibilidade, muito contribui para que ele extraia dos seus elencos atuações tão memoráveis, em todos os seus filmes. Não raro os seus atores e atrizes arrebatam prêmios nos mais importantes festivais do mundo, e até indicações ao Oscar, como foi o caso de Brenda Blethyn (SEGREDOS E MENTIRAS) e Imelda Staunton (O SEGREDO DE VERA DRAKE). Antes, porém, a primeira já havia saído do Festival de Cannes com o prêmio de melhor interpretação feminina, além de ter sido a vencedora do Globo de Ouro, enquanto Imelda foi a melhor atriz do Festival de Veneza.
Mas, o reconhecimento vai ainda mais além, e os filmes de Leigh, realizados com baixo orçamento, costumam acumular prêmios, em categorias diversas, assim como várias indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro, dividindo espaço com grandes produções do cinema americano.
O encantamento que esses filmes proporcionam certamente está relacionado ao grande humanismo presente nas tramas, centradas em pessoas comuns, que falam e agem como gente que conhecemos. Esses personagens, geralmente numerosos, são famílias, vizinhos, amigos e amantes vivendo histórias temperadas com a mais sofisticada dramaticidade e pontuadas por um senso de humor de indiscutível inteligência e bom gosto.
É sabido que Leigh é adepto de improvisos e que as suas histórias ganham contornos imprevisíveis no decorrer das filmagens, resultando em situações deliciosamente espontâneas.
Críticas:
SEGREDOS E MENTIRAS: A Substância do Cotidiano
GAROTAS DO FUTURO: Personagens e Personalidades
TOPSY TURVY: O Retrato Ambíguo do Mundo das Operetas
AGORA OU NUNCA: O Paroxismo da Depressão
VERA DRAKE: Navalha na carne
25.8.07
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3 comentários:
Puxa, nem posso comentar direito porque do Leigh só vi "Segredos e Mentiras", o qual gosto muito - mas nem "Vera Drake" vi ainda...
Abraço!
Estou na mesma situação do Vinícius. Só que vi apenas Vera Drake. O trabalho me surpeendeu bastante pela dimensão que ele toma com o decorrer da história e isso não soa forçado ou exagerado, já que o "trabalho" de Drake é muito bem mostrado, como algo casual. Imelda dá um show nas cenas finais do filme.
Idem, também só vi S&M - mas já não gostei tanto do estilo do diretor.
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